Até o fim de 2015, a prefeitura quer ter todos os lotes da área atual do Distrito Industrial (DI) de Santa Maria ocupados ou destinados a empresas interessadas. Ainda restam cerca de 10 lotes desocupados, e o planejamento da secretaria de Desenvolvimento Econômico é realizar licitações para a concessão dos terrenos a cada dois meses.
Porém, quando a meta for cumprida, o novo desafio será regularizar a ampliação do DI, que ocupará uma área igual a atual. Enquanto isso, empresários seguem reivindicando investimentos na infraestrutura. Na quinta-feira, foram assinados sete contratos para a implantação de novas empresas e regularização de lotes antigos.
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A secretaria de Desenvolvimento Econômico trabalha em duas frentes: na busca por recursos para melhorar a infraestrutura da primeira parte do DI e na desburocratização em relação à destinação dos lotes a empresas e negociação com o governo do Estado para regularizar a área em anexo, que nem escritura imobiliária tem.
Fomos procurados por pessoas do governo estadual, que visam regularizar assentamentos de produtores rurais. Como os documentos são bem antigos, havia divergências, com dados atuais, já que agora tudo é georreferenciado. Com isso, teremos a escritura da área no nome da prefeitura, sem a qual não podemos fazer nada diz o secretário, Jaques Jaeger.
Em janeiro de 2010, o DI foi municipalizado, e os empresários já instalados no local viram na mudança um sinal de melhorias mais rápidas. Mas, na realidade, a infraestrutura não andou conforme o esperado.
Muitos estão bastante desmotivados, porque acharam que aceleraria o processo. Mas não estamos tendo o retorno. Continuamos mobilizados para cobrar essas melhorias e dispostos a fazer parcerias com o poder público para agilizar esses investimentos, como foi feito no aeroporto, com a Cacism afirma o presidente da Associação Distrito Vivo, Leonardo Veiga.
A prefeitura reconhece que a infraestrutura é um dos gargalos do DI. Uma alternativa seria fazer as parcerias público-privadas, como a que está em andamento com a Sultepa. A empresa porto-alegrense, que está trabalhando na obra da travessia urbana, fez um convênio com a prefeitura para executar a terraplanagem em cerca de 10 hectares do DI, nivelando alguns lotes. A terra retirada será usada na obra de duplicação da BR-287.
Outro avanço que vem ocorrendo aos poucos é a desburocratização para a instalação de empresas. Há cerca de três anos, o tempo de tramitação estimado para a conquista da área era de quase um ano. Hoje, é de 60 dias, mesmo com a realização de licitação, conforme a lei obriga.
Um caso emblemático de espera por uma área é o da SR Engenharia. Depois de 20 anos desde a primeira tentativa, a indústria santa-mariense de estruturas para beneficiadoras de arroz e elevadores hidráulicos de passageiros assinou na quinta-feira o contrato para aquisição de 47 mil metros quadrados.
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